segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Este domingo, de madrugada

Este domingo, de madrugada, uma parte de mim murchou.
Durante a alvorada, essa mesma parte morreu...
Contudo, fica a alma a sentir
A dor do engano, da dúvida, da solidão,
A dor do rasgo, provocado por um grito
Que se sente ter sido dado em vão...
Quanto sangue esta dor faz derramar?
Quantas lágrimas esta alma vai chorar?
Pediste-me que desfolhasse o nosso livro
Devagar, com jeito...
Mas acabaste de rasgar as pétalas
E destruíste os lírios plantados no nosso amado jardim...
Como poderemos acalmar exaltações
Se as tílias caíram por terra, mortas?
O que não será preciso fazer, para reconstruir a esperança,
A força e a alegria desta alma?
Esta alma que se arrasta no pó da estrada
Para poder encontrar, de novo, toda a sua confiança.
Pedes-me para não esperar, para agir,
E não me deixar levar por palavras, simplesmente te ver...
Não estás, por acaso, a pedir
Aquilo que tu próprio não podes dar?
Chora... e as tuas lágrimas regarão os lírios
E a dor desta alma também...

1 comentário:

Sempre em Alta.....Rotação Fisica disse...

Impressionante
em angola sinto me um pouco so
aproveitei para ler os teus poemas, enquanto escuto um album de anthony and the jonhsons.....que simbiose
Os teus poemas fizeram me voar
parabens