sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sou nada mais que a propria morte

Dor impiedosa que me fere
E me envenena com revolta...
Abandono-me na floresta
Seca, sombria, sem misericórdia
E fico à mercê dos abutres
Que aguardam, nas trevas, a minha morte.
Já não sinto o meu corpo
E a alma abandonou-me.
Nada mais me resta que aguardar
O vulto negro, sem rosto, implacável
Que se aproxima em passos largos e firmes.
Ouço, aturdida, a sua voz que me chama...
Já não existo, não sou memória,
Não sou nem serei recordada
Como ser querido, com saudade.
Ninguém visitará a minha sepultura
Para me dizer o quanto sente
Minha tão dolorosa morte.
Do pó vim, em pó me transformei,
Pó que agora se espalha na estrada,
Estrada negra, sem fim, que ninguem percorre...
Sou nada mais que a própria morte!

1 comentário:

JoyLouKO disse...

Es mais que a tua própria morte! Não te deixes morrer enquanto estas viva. A morte a todos encontra um dia. A morte e o fim da vida e não uma forma de vida, não deveria ser uma opção de uma forma de viver.

Vive e sorri para a vida, ela acabera por sorrir para ti!...